Operação Dissimulare: PCCE estima bloqueio de R$ 50 milhões em bens móveis e imóveis
5 de setembro de 2017 - 00:00
Quantias em dinheiro aproximadas de R$ 1,01 milhão, 4,59 mil euros, 1,9 mil dólares, 1 (um) mil pesos chilenos e mais de mil unidades de cheques são os numerários apreendidos pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) na primeira fase da Operação Dissimulare, deflagrada na última sexta (1º). Além dos valores, foram contabilizados 300 itens de joias, 21 relógios de luxo e 21 veículos, sendo uma motocicleta BMW e um carro Range Rover. As apreensões foram feitas durante a operação, realizada em combate a crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa que eram cometidos em território cearense na aquisição de produtos da indústria têxtil.
A Polícia Civil ainda estima que, em média, R$ 50 milhões, como empresas e residências dos investigados, foram sequestrados por ordem Judicial. Somente um dos imóveis é avaliado em mais de R$ 4 milhões. Além disso, tecidos avaliados em mais de R$ 100 milhões e aparelhos eletrônicos, entre outros produtos, também foram apreendidos. O balanço foi apresentado, nesta tarde (04), pelo secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa; juntamente com os delegados Everardo Lima, delegado geral da PCCE; Rena Moura, diretora do Departamento de Polícia Especializada (DPE) da PCCE; e Márcio Gutierrez, que está à frente das investigações e é o titular da Delegacia de Crimes Contra a Administração e Finanças Públicas (DCCAFP).
A operação Dissimulare é resultado de investigações iniciadas pela DCCAFP, há pouco mais de um ano, sobre as ações ilícitas de pessoas que compravam produtos do ramo têxtil sem o pagamento dos devidos impostos. De acordo com os levantamentos policiais, estima-se que os suspeitos realizaram uma movimentação financeira em um período de quatro anos que ultrapassa a cifra de R$ 1 bilhão sem o recolhimento de impostos, o que causou prejuízo de mais de R$ 300 milhões aos cofres públicos. “O trabalho policial buscou apurar a atuação de uma organização criminosa que se instalou no Ceará com a finalidade de sonegar impostos na aquisição de insumos da indústria têxtil”, explica o delegado Márcio Gutierrez. Os levantamentos apontaram que os investigados se utilizavam de empresas de fachada constituídas por sócios “laranjas”, criadas para adquirir os produtos em outros estados e, em seguida, repassá-los a empresas ligadas ao esquema. “Só de "laranja" nós catalogamos mais de 100”, fala Gutierrez. (Fonte: ascom SSPDS)