Investimentos estaduais: Na contramão do País, Governo do Ceará registra alta em 2017

1 de fevereiro de 2018 - 00:00


Os investimentos do Governo do Ceará em áreas sociais sensíveis – saúde, educação, segurança pública, recursos hídricos e combate à pobreza, por exemplo –, tiveram crescimento em 2017. Mesmo diante do cenário de retração econômica que foi verificado em todo o País, o investimento estadual passou de R$ 2,17 bilhões, em 2016, para R$ 2,47 bilhões, no ano passado. No mesmo intervalo, a despesa empenhada subiu de R$ 22,66 bilhões para 24,6 bilhões, configurando uma gasto adicional de 5,8%.


Os números do desempenho do Estado foram apresentados, nesta quarta-feira (31), em entrevista coletiva no Palácio da Abolição, por representantes do Comitê de Gestão por Resultados e Fiscal (Cogerf), que se reúne semanalmente e assessora o governador Camilo Santana na tomada de decisões estratégicas. Fazem parte do Cogerf a Casa Civil, as secretarias do Planejamento e Gestão e da Fazenda, além da Procuradoria Geral do Estado e a Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado.


“Conseguimos manter um nível considerável de investimentos em relação à Receita corrente Líquida (RCL) e estamos entre os primeiros estados a reagir à estagnação econômica que afetou o País”, observou o secretário do Planejamento e Gestão, Maia Júnior, durante a coletiva, que também reuniu os titulares da Secretaria da Fazenda, da Controladoria do Estado (CGE), da Procuradoria do Estado (PGE), da Casa Civil, além do diretor do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).


“A tendência é que em 2017 o Ceará volte novamente a liderar nacionalmente os investimentos em relação à Receita Líquida. Além disso, evoluímos, ao longo do ano, três posições no ranking de competitividade e continuamos sendo avaliados como o estado de melhor solidez fiscal do Brasil”, afirmou o secretário da Fazenda, Mauro Filho. Ele destacou também o crescimento do investimento entre 2016 e 2017 em áreas sociais, a exemplo da educação e da saúde que continuam acima do mínimo determinado em lei – gastos, respectivamente, de 27,88% e 14,65%.


O diretor do Ipece, Flávio Ataliba, ressaltou que o investimento do Ceará tem crescido mesmo num ambiente de crise que afeta a maioria dos estados brasileiros. “Nossa economia já está em fase de recuperação, mas ainda não voltou aos patamares de 2012. Por isso o desempenho fiscal, os ganhos de produtividade e a capacidade de investimentos e de reação que o Ceará mantém vem despertando a atenção de muitos analistas econômicos”, explicou. E completou: “Isso está relacionado à capacidade do poder público de investir, honrar compromisso e, assim, atrair novos negócios”.