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Centro de Memória da Fazenda realiza debate sobre papel dos museus na sociedade

23 de maio de 2023 - 08:17 ##SefazCE #GovernodoCeará #Sefazparceira #

Raquel Mourão - Texto
Clarice Maia e Thayane Oliveira - Fotos

O Centro de Memória da Fazenda (CM), equipamento do Fisco Estadual, promoveu, na tarde da última sexta-feira (19/5), na sala multiuso do espaço cultural, uma mesa-redonda com o tema “O papel dos museus para pensar futuros possíveis”. A atividade, que fez parte da 21ª Semana Nacional de Museus, contou com a participação da museóloga responsável pelo Museu do Ceará, Yasmine Barbosa, e da coordenadora comunitária do Ecomuseu de Maranguape, Lêda Assis. Este ano, a Semana Nacional abordou a temática “Museus, sustentabilidade e bem-estar”.

Ao abrir o encontro, a titular da Coordenadoria de Relacionamento com a Sociedade da Sefaz, Najla Cavalcante, agradeceu a presença do público e ressaltou a relevância do CM na preservação do patrimônio histórico-cultural do Ceará. Em seguida, a gestora Jonilma Maia, que coordena o Centro de Memória, destacou que os museus podem contribuir para o bem-estar das pessoas. “É fundamental pensarmos no futuro do nosso país e intensificarmos a importância dos museus na promoção da saúde mental, da educação ambiental e da inclusão social”, justificou Jonilma.

Yasmine Barbosa trouxe uma reflexão sobre o papel social dos museus e os caminhos que podem ser percorridos para engajar mais visitantes. “O futuro dos museus é a participação comunitária. Uma das premissas é a museologia social, uma museologia ativa, participativa, com todos os percursos da sociedade, do nosso tempo histórico, que os museus precisam acompanhar. O museu é um uma ferramenta de mudança social. Ele não existe em um mundo estático. Ele precisa dialogar com a sociedade. O futuro é participação, respeito à diversidade e ao meio ambiente.”

Compartilhando a mesma linha de pensamento da museóloga, a professora aposentada Lêda Assis afirmou que o Ecomuseu de Maranguape só foi concebido e permanece aberto por causa do envolvimento dos moradores de Cachoeira, distrito onde está localizado o casarão centenário que abriga o espaço cultural. Ela contou que o equipamento – primeiro ecomuseu comunitário do Estado – iniciou as atividades em 2006, com o objetivo de salvaguardar os bens culturais materiais e imateriais da região. “Diferentemente do museu tradicional, o Ecomuseu não tem sua centralidade no objeto, mas no patrimônio cultural do espaço ao redor. Quem chega pode conhecer um pouco da memória que foi resgatada a partir dos diversos acervos.”