Sefaz-CE realiza celebração ecumênica de Natal
19 de dezembro de 2025 - 15:16
Carolina Mesquita - Texto
Bárbara Barbosa - Fotos

A Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE) realizou, nesta terça-feira (17), uma celebração ecumênica de Natal. O momento, que contou com apresentação do Coral dos Fazendários, reuniu representantes das religiões católica, protestante e espírita, bem como servidores e colaboradores, para uma reflexão sobre o período natalino.
O secretário executivo de Planejamento e Gestão Interna, Guilherme França, iniciou o evento agradecendo o trabalho e união de todos ao longo do ano que se encerra e pontuou a importância que 2026 terá.
“Nós, da alta gestão, queremos deixar uma mensagem de agradecimento a todos vocês pelo ano que vivemos na Secretaria da Fazenda e trazer a boa nova. O ano de 2026 vem aí, serão 190 anos de Sefaz-CE, um momento histórico que viveremos juntos. E, para isso, que tenhamos no nosso coração que o ano que vem seja um ano abençoado, de muita paz e com a presença de Jesus nas nossas vidas”, destacou.

O pastor Mauro Levi leu uma passagem bíblica do livro de Lucas, capítulo 2, que fala sobre o recenseamento do império romano que obrigou Maria e José viagem a Belém. O religioso pontuou que, na época, algumas das razões para a realização do censo eram a contagem da população e o planejamento tributário, com a estimativa de impostos que o império iria arrecadar.
Na dimensão espiritual, o pastor refletiu que o recenseamento foi necessário para que se cumprisse a profecia do profeta Miquéias, que dizia que o Salvador seria descendente de Davi e nasceria em Belém.
“Se a história estivesse entregue apenas aos seus rumos, José iria analisar a situação e não correria o risco da viagem, teriam o bebê em Nazaré. Mas aprouve ao Senhor cumprir uma profecia, fazendo o que diz o livro de Provérbios, ‘o coração do Rei é como um rio nas mãos do Senhor e Ele o inclina para onde quer'”, afirmou Mauro Levi.
“Eu creio em um Deus que inclinou o coração de Cesar Augusto para que o decreto do censo viesse e fizesse com que José precisasse ir para Belém e Maria pudesse ter Jesus lá. O que estou lhes falando é que o Natal, além de nos apresentar o menino Jesus, nos apresenta um Deus que tem a mão nas engrenagens da história. Agora, imagine nos eventos da minha e da sua vida. Esse mesmo Deus, que tem a mão nas cordas da história, o que Ele não moveu e ainda pode mover para que a sua vida esteja no lugar certo?”, acrescentou.

O padre Edivânio Laranjeira fez a reflexão com base na mesma passagem bíblica de Lucas. O religioso, no entanto, destacou a alegria que o nascimento de um bebê traz à família e como Deus escolheu se manifestar primeiramente aos mais vulneráveis.
“Jesus se manifesta primeiro aos pequenos, aos pastores, àquelas pessoas que não têm perspectiva, para dizer que Deus se faz homem igual a nós, com os mesmos sentimentos, sente todas as dores que nós sentimos, menos o pecado. Ele toma nossas dores, nossas condições humanas para dizer que o amor que Deus tem para com a humanidade é tão grande que Ele torna-se um ser humano”, afirmou.
“É por isso que no dia 25 de dezembro, em que comemoramos a luz, temos todos esses preparativos. Nas nossas casas, montamos a árvore de natal, com muitas cores vivas e luzes, colocamos o presépio, para comemorarmos esse dia. Entendemos que o nascimento de Jesus traz alegria, luzes que iluminam nossos passos e a salvação para a humanidade”, complementou.

O palestrante espírita Nilton Sousa também utilizou um trecho de Lucas, mas que fala de quando Jesus se perdeu de seus pais após a festa da Páscoa. Quando encontrado, o texto relata que Jesus indaga aos pais: “Por que me procurais? Não sabeis que eu devo cuidar das coisas de meu Pai?”.
“Quando Jesus diz ‘Não sabeis que devo cuidar das coisas de meu Pai?’, Ele está nos convocando a pensar sobre a nossa tarefa, sobre nosso propósito, sobre nossa identidade, sobre nossa relação com Deus, sobre como Deus se comunica conosco, sobre como essa voz divina nos alcança para nos convidar, para nos convocar para um processo histórico novo, transformador”, detalhou.
“Não é mais aquela história da águia romana que escravizava o mundo, mas uma história de libertação do medo, das preocupações, das ansiedades, das depressões, dos graves problemas humanos, dos grandes gigantes da alma, que ainda fustigam o nosso ser em função da nossa alienação em relação a nós mesmos. Quando um adolescente de 12 anos diz ‘Estou cuidando das coisas de meu Pai’, Ele revela uma consciência espiritual tão profunda capaz de nos sacudir e nos dizer ‘E você? Do que está cuidando? Quais são efetivamente as suas prioridades?'”, finalizou.
