Evento da Sefaz-CE marca lançamento do Programa de Democratização de Dados
22 de agosto de 2025 - 16:44 ##Tecnologia da Informação ##TI #Governança #Programa de Democratização de Dados #Sefaz Ceará
Vanessa Alves - Texto
Bárbara Barbosa - Fotos
Presencial e transmitido virtualmente, encontro incluiu palestra e momento de perguntas e respostas
A Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE) realizou no auditório, nesta sexta-feira (22/08), o evento de lançamento do Programa de Democratização de Dados, iniciativa conduzida pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cotic) a fim de disseminar a cultura de dados como auxílio à tomada de decisões mais embasadas e eficazes.
Titular da Secretaria Executiva de Planejamento e Gestão Interna, Guilherme França, participou de modo remoto e elogiou a atuação da Cotic para tornar os dados confiáveis e de fácil acesso. “Vem aí a Reforma Tributária, um novo futuro pela frente no qual os dados serão necessários para dar maior dinamismo ao nosso trabalho, e o papel do servidor é se capacitar, entender e saber utilizar os dados”, completou.
Para a secretária executiva do Tesouro Estadual e Metas Fiscais, Roberta Pita, o programa vai muito além da tecnologia. Conforme a gestora, “trata-se de um passo fundamental para fortalecer a nossa capacidade de tomar decisões estratégicas, prestar melhores serviços e, acima de tudo, construir uma Sefaz mais integrada, transparente e inovadora”.
À frente da Cotic, o coordenador Thiago Barcelos contextualizou o progresso do programa, contando a ideia de criação dele, em 2024, até o lançamento da iniciativa, bem como enfatizou a importância de as áreas fazendárias terem mais autonomia para trabalhar os próprios dados. “Isso é um caminho a se percorrer, porque não basta querermos. Precisamos definir os processos e disponibilizar o dado de uma maneira simples, fácil, com ferramentas adequadas”, destacou.
Aplicação da governança e da democratização de dados
A palestra “Governança e democratização de dados na prática: desbloqueando o potencial para uma gestão pública mais e inteligente” ficou a cargo do diretor executivo da empresa de consultoria e pesquisa Gartner, Wagner Gomes. Segundo ele, antes, a gestão tinha três pilares – pessoas, processos e tecnologias, mas, atualmente, há quatro, sendo os dados o pilar central.
O palestrante Wagner também falou sobre a relação de complementaridade entre governança de dados, que visa elevar a qualidade dos dados e das informações, e da democratização de dados, que busca torná-los acessíveis, compreensíveis e utilizáveis. “Os sete fundamentos da governança de dados e análise (D&A) moderna são confiança, direitos e responsabilidades, transparência e ética, valores e resultados, colaboração e cultura, educação e treinamento, risco e segurança”, afirmou.
Programa da Sefaz
Ficaram responsáveis pela apresentação do Programa de Democratização de Dados da Sefaz o orientador da Célula de Governança e Inteligência de Dados (Cegid), Luciano Tecchio, e a servidora Inês Vale, lotada na mesma célula. “Penso que é um papel nosso na democratização trazer as pessoas para conhecer o dado do próprio negócio dela, independente de onde o dado esteja, para que ela saiba como usar aquela informação. Estamos nos preparando para fornecer todos os níveis de acesso a dados, e a democratização é justamente tentar alavancar isso”, ressaltou Luciano.
A servidora Inês Vale explicou cada frente do programa, abrangendo governança de dados, de nuvem e de inteligência artificial (IA); qualidade de dados; ferramentas; aculturamento em dados e campanha de divulgação. “A parte de qualidade de dados é um subconjunto da governança de dados. Nessa frente, temos uma parceria com a UFC [Universidade Federal do Ceará] e com a Funcap [Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico], por meio do Programa Cientista Chefe. Completamos a leitura de 53 artigos sobre qualidade de dados no setor público. A partir desse estudo do que há de mais moderno na literatura científica, estamos coletando e priorizando métricas e indicadores”, exemplificou Inês.
Entre os próximos passos, estão promoção de capacitações, envio de pesquisa sobre maturidade de dados, aquisição de ferramentas de virtualização e governança de dados, pilotos de implantação dos processos de governança de dados e divulgação da realização das etapas do programa.